sábado, 28 de agosto de 2010

PÉ DE ATLETA

Nesta rubrica não falaremos da conhecida doença do foro dermatológico mas sim de calçado desportivo.
Paulo Silva, reputado especialista Português em calçado desportivo, teve a amabilidade de colaborar connosco, cedendo-nos pequenos artigos que tem escrito sobre a matéria para a Revista Atletismo.
Com esta nova colaboração os leitores do Último Quilómetro ficarão também a ter acesso a estes interessantes artigos, num tema que é da máxima importância para os corredores: o calçado desportivo e tudo o que é inerente a ele, como seja a biomecânica dos nossos pés.
Pese embora não seja vertente desde blogue a componente técnica da corrida pensamos que algumas excepções são sempre bem-vindas como é o caso desta rubrica que tempos o prazer de iniciar hoje.
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O que é a Pronação?
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Pronação é um termo utilizado na indústria do calçado desportivo para designar rotação interna excessiva dos pés e pernas dos desportistas. Durante a corrida, o contacto com o solo normalmente ocorre com o lado lateral do calcanhar, com o pé em ligeira supinação (por essa razão acontece um desgaste na sola na zona do calcanhar externo na maioria do calçado que utilizamos) segue-se então um período rápido de pronação (adução, eversão e dorsiflexão), permitindo a dissipação da energia de impacto, associada a esta pronação acontece a rotação interna da tíbia, que por seu lado cria rotação no plano transvérsico do joelho. Na fase de contacto no solo (apoio monopodal), este movimento de pronação termina, começando então o pé a resupinar, a cerca de 50% da fase de apoio, o pé (articulação subastragalina) já voltou à sua posição neutra e a articulação mediometatársica está na sua pronação máxima, permitindo ao pé passar de uma plataforma de amortecimento de impactos para uma alavanca de propulsão. Apesar da necessidade deste movimento de pronação como forma de adaptação ao solo e amortecimento de impactos, em certas ocasiões, por motivos vários ocorre um excesso de mobilidade que o corpo tem dificuldade em controlar, os pés e pernas continuam a pronar quando já deveriam estar a supinar para impulsionar o corpo (as lesões ocorrem normalmente nas estruturas que o corpo está a utilizar para parar essa hipermobilidade), o pé acaba por rodar mais do que deve, inibindo a sua função de amortecimento de impactos e dificultando a passagem para a propulsão, esta hipermobilidade tem sido relacionada com um número significativo de lesões, incluindo as mais citadas em estudos e inquéritos a corredores. Para os desportistas com problemas de pronação a solução passa por fazer um estudo da sua marcha e corrida, descobrindo as razões que levam a esta hipermobilidade e compensar, com suportes plantares (palmilhas personalizadas) e calçado adequados. O calçado adequado é crucial, mas sem palmilhas personalizadas os pés continuarão a pronar em excesso dentro do próprio sapato.

sábado, 21 de agosto de 2010

LIBERDADE!


Corre-se, corre-se a quase hora e meia. Um caminho estreito, descida suave, ladeado por duas cercas.
A ”máquina” vai a três quartos do limite, tudo vai a três quartos: o “óleo”, “pressão dos pneus”, “agua”, “temperatura do motor”.
A paisagem circundante deixou de fazer parte do nosso foco de interesse.
Vamos controlando rigorosamente “o painel de instrumentos” e fazendo contas:
Final da descida e primeiro pequeno troço, até passarmos o cruzamento da ponte, depois correr junto ao longo pivô da rega, em seguida apontar à casa das bombas, que lá ao longe vai ficando cada vez mais perto, passada esta os 5 postes de electricidade separam-nos da rampa que nos leva à ponte (quantas e quantas vezes contámos estes postes, que “aumentam” e “diminuem” a distancia entre eles conforme as circunstâncias!) e estamos mesmo a chegar ao que resta do “portão da casa”, então uma descida maravilhosa vai levar-nos à ponte romana, passaremos por baixo da EN 118, cumprimentaremos os grandes plátanos, passaremos ao lado do quintal do Sebastião e num derradeiro esforço “atacaremos” as travessas que nos trazem à porta de casa. Provavelmente ainda correremos mais 2 ou 3 minutos na direcção do cemitério, porque nisto de treino longo é sempre mais rápida a segunda metade.
Então desligaremos as duas máquinas, o GPS e a nossa (!), daremos uma espreitadela à nossa rua e se ela estiver deserta festejaremos, exuberantemente, o regresso do treino de 2 horinhas!
Depois é trotar até casa, abrir a porta e ouvir a nossa companheira falando lá do vale de lençóis: Já chegaste? És maluco!
Íamos então nós divididos entre o “controle do motor” e essa maravilhosa capacidade dos fundistas de subdividir treinos, reduzindo tudo a pequenos troços, “enganando” as pernas, quando dois cavalos nos trazem de volta à terra!
Ao nosso lado, do outro lado da cerca, correm livres, puros, dois magníficos cavalos.
Então por momentos, mágicos, que pareceram uma eternidade, corremos lado a lado com aqueles magníficos animais.
Esquecemos o cansaço, os “vários indicadores do motor”, os troços que nos faltavam correr até chegarmos a casa, esquecemos tudo livres e felizes.
Então, naqueles momentos mágicos, somos o mais livre e feliz dos homens à face da terra.
Ah! Como é bom correr e quanto é difícil explicar isso!
O original da foto que ilustra este texto
encontra-se publicado aqui.

domingo, 15 de agosto de 2010

FIABILIDADE DAS MEDIÇÕES DE CORRIDAS

Este artigo foi publicado na Revista Atletismo, de Julho de 2009.
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Queremos a agradecer a gentileza da referida revista, e em particular ao autor do artigo, António Manuel Fernandes, em nos conceder a autorização para trazer ao conhecimento dos leitores do “Último Quilómetro” este excelente texto.
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Embora com pouco mais de um ano este artigo continua extremamente pertinente, actual e esclarecedor.
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No seguimento do texto “CUIDADO” COM O GPS" não quisemos deixar de publicar este estudo aprofundado sobre a problemática da medição de provas.
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Pedimos desculpa aos nossos leitores pela dimensão do texto, que talvez não se enquadre no que é aceitável num blogue, mas a qualidade do artigo merece o “sacrifício” da sua leitura.
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O texto foi digitalizado manualmente a partir da revista e cuidadosamente revisto. Pedimos desculpa por algum eventual lapso na digitalização do mesmo, o que esperamos, que não tenha acontecido.
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FIABILIDADE DAS MEDIÇÕES DE CORRIDAS
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Por António Manuel Fernandes, “Mundo da Corrida”, suplemento da “Revista de Atletismo”, nº 332, de Julho de 2009
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Ultimamente, após algumas corridas, alguns dos corredores de pelotão têm alimentado alguma discussão e não têm evitado muita especulação sobre as verdadeiras distâncias das corridas. Nalguns casos, as suas suspeições são ofensivas e colocam em causa várias horas de trabalho dos medidores oficiais, alguns deles obrigados a proceder às medições em condições algo perigosas, mesmo com a protecção das forças de segurança.
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Este debate não é exclusivo português e, até ao momento, não produziu grandes conclusões, merecendo mesmo um artigo na revista “Distance Running”, editada pela AIMS, pela mão de Hugh Jones, editor da revista e ele próprio um medidor certificado.
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A única conclusão certa é a de que não existe um modelo que tenha uma medição 100 por cento correcta!
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Já estávamos a recolher informação para este artigo quando deparamos com um exemplo da controvérsia. No recente Grande Prémio da Ascenção, em Alenquer, por razões organizativas, a prova foi encurtada cerca de 200 a 300 metros (ficou com cerca de 9700-9800 metros), mas no final uma atleta afirmou-nos que o seu GPS marcara 10.050 metros!
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AS MEDIÇÕES CERTIFICADAS
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Mas antes ainda de entrarmos na discussão das leituras GPS, atentemos no facto das medições actuais. As oficiais. Assim, o presente método de medição de provas de estrada, iniciado nos anos 60, consiste na leitura das voltas da roda de uma bicicleta, contadas num aparelho cohecido como “Jones Counter”. Este aparelho, colocado na roda dianteira da bicicleta, passa por uma fase de calibração, de uma distância correctamente medida com uma fita métrica. Genericamente, a base de calibração, tem entre os 800 metros e uma milha, mas entre nós a distância mais vulgar é de mil metros.
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Com várias viagens nesta base, medindo a temperatura ambiente e a perda de ar nos pneumáticos da bicicleta, chega-se a um valor que depois será aplicado ao total de revoluções que o “Jones Counter” registar na medição da corrida, que deve respeitar a linha ideal de corrida, sendo que deve estar sempre a trinta centímetros dos passeios.
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Mas, na verdade, este processo também não é 100% seguro, já que as alterações de temperatura numa medição podem ser significativas (a medição de uma maratona implica várias horas); a fita para a base de calibração também pode já ter um desvio de erro; a forma como o medidor pedala também pode originar erros na calibração; e, finalmente, durante a medição, a forma como se evolui na bicicleta também pode ser indiciadora de erros.
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Por isso os medidores mais experientes utilizam uma fórmula de erro de 1 parte para 1000. Assim, numa maratona, adiciona-se 42,2 metros aos efectivamente 42.195 m medidos.
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Este procedimento garante que a prova tem, pelo menos, a distância certa e nunca terá menos.
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Este método é transparente e já utilizado e analisado ao longo dos anos com uma fiabilidade confortante.
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Ao contrário, o GPS, é uma tecnologia fechada, que não revela os seus erros, e mostra um valor que os seus utilizadores têm a aceitar como verdadeiros e credíveis.
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26 LEITURAS EM INGLATERRA
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E foi precisamente um situação idêntica, com base nas leituras GPS de 26 corredores numa meia-maratona em Inglaterra, que o medidor Mike Sandford colocou em discução na Internet.
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Nesse fórum, dedicado às corridas e respectivas medições, Sandford fez uma análise ao 26 registos dos corredores e descobriu que a média dos registos deu uma distância de 21,548 Km (2,2% mais longa) num desvio padrão de 177 metros (0,8%).
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Isto significou que, apesar dos GPS marcarem uma distância mais longa, não permitiram registar o quanto longa ela foi, o que não admira, já que os corredores certamente não correrem na chamada linha ideal de corrida.
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Aqui importa destacar que os medidores procuram a linha ideal de corrida enquanto o GPS dos corredores mede a distância que o seu utilizador percorreu, geralmente muito maior que a distância da linha ideal.
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Nesta sua análise, Mike Sandford sugere cinco razões para as discrepantes medições de GPS:
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1-Não iniciaram ou pararem os GPS nos correctos locais de partida e chegada;
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2-Não seguirem a linha ideal de corrida;
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3- Perda de visibilidades do satélite debaixo de árvores, pontes e túneis, ou na sombra de edifícios altos;
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4-Algoritmos imperfeitos nalguns modelos de GPS adquiridos pelos corredores;
5-Distância efectivamente diferente da que foi anunciada pelos organizadores.
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“A maior parte dos corredores tem tendência a utilizar a hipótese cinco como a mais provável, ignorando completamente a segunda”, afirma Hugh Jones no seu artigo.
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“Embora (5) seja uma possibilidade, a (2) é uma certeza! Numa prova com muita gente, com um ponto de retorno de 180 graus, numa largura aproximada de 5 metros, o desvio de um corredor que não cumpra a linha ideal de corrida pode ir até aos 16 metros mais!” conclui-se no artigo.
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O SISTEMA GPS
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No fórum de discusão onde iniciámos a nossa leitura, em determinado ponto, refere-se outra situação comum: “nalguns casos, a leitura GPS é mais curta que a distância da corrida”, sendo que a explicação para isso tem a ver com algo denominado “geoid”, um modelo computorizado da superficie da superficie do globo terrestre que o GPS usa para calcular as elevações.
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A terra não é redonda, não tem uma velocidade de rotação idêntica e não é homogénea. É largamente afectada pela lua e, em menor escala, pelo sol e outros planetas.
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O “geoid” é uma tentativa de modelar a superficie terrestre de forma a que o computador possa interpretá-la, sendo verdade que, à medida que a tcnologia avança, mais próximo estará da realidade. Os satétites determinam a distancia entre o corredor e o centro de gravidade da Terra, e a posição latitude/longitude, para determinar o local em que está. Com essa informação, Com essa informação, o GPS recebe informção, ou calcula a distância a que está, de uma esfera pura, e utiliza essa informação com uma correção para determinar as sua posição em relação ao nivel do mar.
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Em muitas situações, a superfície terrestre está abaixo deste “geoid” e as medições serão, teoricamente, mais curtas que a realidade.
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Para chegar à realidade alguns modelos profissionais utilizam escalas de correção até chegar ao número mais exacto possivel.
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MAIS LEITURAS DÍSPARES
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Voltando ao artigo da “Distance Running”, Hugh Jones refere outra experiência relatada pelo medidor sul-africano Norrie Williamson e pelo britânico Bill Reynolds, na Maratona de Beirute. Entre dez corredores que utilizaram GPS, os registos deram uma variação entre 42,39 km e os 42,82 Km, com uma média de 42,62 km.
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Nessa corrida foram colocados dois GPS na viatura que seguia na frente e um leu 42,65 Km percorridos e o outro 42,66 Km. Dada a impossibilidade do veículo seguir a linha ideal de corrida, à distância de 30 cm do passeio, foi calculada uma dedução de 150 m, sendo que a distância percorrida pelo veiculo foi de 42,5 Km.
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Um corredor utilizando um pedómetro registou 42,4 km. Teve o cuidado de o calibrar durante a prova e correu o mais possivel na linha ideal de corrida.
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Williamson surgere outras razões para as leituras díspares dos GPS:
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_Baixos níveis de energia das baterias em modelos GPS que enviam informação para um modelo de relógio;
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-Utilizar a unidade GPS no pulso aumenta a distância de corrida quando o corpo roda, como quando se colecta água num posto de abastecimento;
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-Os GPS demoram algum tempo a restabelecer a ligação ao satélite após passarem por baixo de árvores frondosas, túneis ou pontes, ou mesmo na sombra de prédios altos. Esta “dança” de informação leva, em grande parte, a complicados ajustamentos de variáveis que indicam uma distância superior.
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Em complemento, um outro medidor, Paul Adams , refere uma experiência pessoal: “perto de minha casa tenho um percurso que medi com o método de bicicleta calibrada e que registei como tendo 9,95 Km. Com o meu monitor GPS mais antigo, tive várias medições que variaram entre os 10,0 e os 10,4 Km. Ocasionalmente as medidas foram superiores a estas, mas em cerca de 40 ocasiões foram estes os resultados. Com o meu novo monitor GPS, fiz quatro registos: 9,94, 9,95, 9,97 e 10,3”.
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Mais a frente, Mike Sandford, (medidor grau 1/IAAF grau A) refere outra experiência numa medição de uma prova de 5 Km, envolvendo mais dois medidores, Stewart Little (medidor grau 1) e Ian Trussler (estagiário, medindo um prova pela primeira vez).
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Os registos das bicicletas calibradas foram:
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Sandford – 4997,5 m
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Little – 5001,4 m
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Trussler - 5012,7 m
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Estes registos incluiram o Factor de Prevenção de Distância Curta (um cálculo de 0,1%), uma correção usual em medições de provas de estrada.
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Little usou ainda uma unidade de GPS na sua bicicleta, que registou 5006 m, tendo ele reparado que, numa altura em que a bicicleta estava parada, o GPS marcou uma distância percorrida de 100 m!
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CONCLUSÃO
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Por tudo o que expusemos acima, temos que os corredores devem ter certezas absolutas antes de produzir comentários desta natureza em relação a provas efectivamente medidas. As medições que fazem reportam-se só e apenas a si próprios. É de todo errado generalizarem a sua experiência pessoal.
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A verdade é que, apesar de tudo, o método de medição com o “Jones Counter” ainda é o mais fiavel, tendo que é feito de acordo com regras específias, embora seja de todo aceitavel – e expectável – que o desnvolvimento da tecnologia leve a leituras cada vez mais fiáveis e reais dos monitores de GPS. Que, seguramente em terminais de utilização profissional já estão mais avançados que os monitores mais comuns e mais comercializáveis.
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Contudo, para finalizar, é verdade que, em determinadas ocasiões, as provas sofrem mutações de última hora e, por isso, torna-se agradável que os organizadores sejam sinceros e avisem, no início, quando tenham conhecimento das alterações, de que a distância não é a publicitada. Durante o evento, convém aclarar as dúvidas que tenham sido provocadas por erros de última hora.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

QUILÓMETRO GASTRONÓMICO.




Filipa Vicente
Nutricionista
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Barras de Cereais
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Fruta, cereais e frutos secos.
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Uma barra excelente para um lanche antes de um treino, saciante, nutritiva e muito saborosa.
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Ingredientes para 12 Barras
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300g Cereais não açucarados (aveia, cevada, trigo integral)
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60g Amêndoas ou Avelãs (umas 40 médias)
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4 Colheres de sopa de Passas ou Sultanas
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3 Colheres de sopa rasas de sementes de girassol ou de abóbora
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4 Nozes médias
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4 Colheres de sopa rasas de mel
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2 Colheres de sopa de manteiga de amendoim (natural, do “Celeiro” ou da “Terra Pura”, sem sal nem qualquer aditivo)
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Preparação:
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1. Fragmente tanto quanto possível as amêndoas e nozes com um almofariz.
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2. Misture os cereis ligeiramente triturados para ficar uma pasta homogénea com as amêndoas, nozes, passas e sementes, junte o mel e envolva bem.
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3. Derreta 2 colheres de sopa de manteiga de amendoins breves segundos no microondas e verta por cima da mistura. Envolva bem para ficar pastoso.
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4. Pode colocar a massa toda num tabuleiro de forma a que fique justa para dar forma ou então envolver 12 pedaços de igual tamanho (de uma barra de cereais normal) em papel de prata.
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5. Leve ao frio durante pelo menos 8 horas.
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Informação nutricional por barra:
172kcal
5g Proteína; 23g Hidratos de carbono (7g açúcar); 7g Gordura; 2,5g Fibra
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Pão de Banana
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Uma excelente alternativa para treinos longos, sobretudo para quem sai sempre em cima da hora e sem tempo para um pequeno-almoço reforçado.
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Ingredientes para 1 pão médio (10 porções grandes):
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4 Bananas (não muito maduras nem verdes) trituradas
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2 Ovos médios
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2 a 4 colheres de sopa de açúcar mascavado
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1 Colher de sopa de mel
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2 a 3 colheres de sopa de azeite
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2 Chávenas de chá de farinha (1 de branca e 1 da integral) + ½ colher de chá de fermento
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4 a 6 nozes médias
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1 Colher de chá de extracto de baunilha (opcional)
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1 Colher de chá de canela moída (opcional)
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1 Colher de chá de manteiga (para untar)
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Preparação:
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1. Pré-aqueça o forno a 180ºC e unte um tabuleiro semelhante ao do bolo inglês ou uma forma de bolo com a manteiga.
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2. Numa tigela misture todos os ingredientes e bata com a batedeira até ficar homogéneo. Junte as nozes no final.
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3. Coloque na forma e leve ao forno durante 60 a 90 minutos, pode baixar a temperatura para 150ºC e deixar mais tempo para que fique mais seco.
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4. Desenforme e deixe arrefecer.
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Informação nutricional por fatia
220Kcal; 5,5g Proteína, 7g Gordura; 63g Hidratos de carbono (30g açúcar); 2,7g Fibra

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

DUAS PROPOSTAS, ALICIANTES, PARA O INICIO DA NOVA ÉPOCA

A FESTA DA CORRIDA NA FESTA DA FRATERNIDADE.
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No próximo dia 5 de Setembro, as 9 e 15 da manhã, realiza-se a 22ª Corrida da Festa do Avante.
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Esta prova, de cariz eminentemente popular e com as inscrições gratuitas, tem os seguintes objectivos:
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Permitir através da prática desportiva oportunidades de
convívio, confraternização, amizade e solidariedade perante as
contingências dos resultados da competição desportiva;
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Proporcionar situações para compreensão do fenómeno
desportivo e para a defesa dos direitos dos cidadãos à prática
do desporto;
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Defender os valores do desporto quer como fenómeno de
integração, quaisquer que sejam as origens sociais ou
convicções políticas ou religiosas dos participantes, quer como
contributo para a melhoria das suas condições de vida;
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Divulgar a prática do desporto e particularmente a corrida,
como elemento essencial, para a formação física das crianças e
dos jovens, numa perspectiva educativa e para a manutenção
da saúde e do normal equilíbrio psicológico dos participantes;
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Integrar e valorizar uma proposta alargada de prática do
desporto num programa vasto, rico e diversificado de um
grande acontecimento cultural e político que é a Festa do
«Avante!».
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Num novo percurso de 10,5 quilómetros, traçados em redor da bela Baia do Seixal, a Corrida da Festa do Avante é ela própria uma enorme festa desportiva integrada nessa festa maior da fraternidade que é a festa do Avante em si.
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Por tudo isto não deixe de estar presente na 22ª edição da Corrida da Festa do Avante, mas apenas se inscreva se tem intenção de alinhar à partida.
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Infelizmente, devido às inscrições não serem pagas, alguns atletas inscrevem-se independentemente de terem a convicção de que vão estar presentes.
Este tipo de atitudes denota uma grande falta de respeito para com uma das raras provas portuguesas em que não se paga a inscrição e para com todos os colaboradores, que de forma absolutamente voluntária montam a prova, para além de baralharem as contas da organização em dados como, por exemplo, a quantidade de abastecimentos necessários.
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Folheto da prova clicando aqui.
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TODOS A SÃO JOÃO DAS LAMPAS!
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Dia 11 de Setembro (um sábado às 17 horas) realiza-se aquela que é uma das mais carismáticas Meias Maratonas Portuguesas.
A “Meia Maratona de São João das Lampas” vai realizar a sua 34ª edição, sendo a segunda Meia Maratona mais antiga de Portugal.
Prova com um cariz muito especial, em que todos os atletas são tratados como amigos.
Não sendo uma grande meia maratona em termos económicos e em número de atletas envolvidos, é uma meia maratona de uma dimensão enorme pela maneira com que trata cada participante seja ele o primeiro a chegar ou o último.
À frente desta simpática prova encontra-se um nome incontornável da corrida em Portugal: Fernando Andrade, corredor, maratonista, ultra maratonista, poeta, cidadão de corrida com uma ética exemplar e que há 34 anos mantém de pé esta prova que é um exemplo vivo do movimento da corrida para todos
Por tudo isto deixamos aqui o apelo: dia 11 de Setembro todos a São João das Lampas.
Ah! E se não se encontra em forma para correr a meia maratona, os 5,5 km da 6ª edição da mini desta simpática localidade do concelho de Sintra esperam por si!

sábado, 7 de agosto de 2010

QUANDO A MONTANHA “DESCE” À CIDADE.

Pela sua natureza as provas de montanha realizam-se muitas vezes em locais isolados o que implica deslocações algo dispendiosas.
No próximo dia 29 de Agosto vai realizar-se aquela que é a mais acessível, a nível de transportes e localização, prova do “Circuito Nacional de Montanha Salomon 2010”.
Há nove edições que os “Trilhos de Monsanto - Lisboa Verde” têm vindo a “democratizar” o acesso às provas de montanha com a realização de uma prova em pleno Parque Florestal de Monsanto, com partida junto a Sete Rios, uma das zonas mais centrais de Lisboa e servida por inúmeros transportes públicos, que vão desde o autocarro, ao metro até ao comboio.
Atrevemo-nos a dizer mesmo que os “Trilhos de Monsanto” é uma das provas Portuguesas melhor servida de transportes públicos.
Sendo toda a região da Grande Lisboa um enorme “viveiro” de corredores, eles têm nesta prova uma oportunidade única de um contacto com a realidade da montanha sem terem que fazer grandes deslocações, o que nestes tempos complicados é sempre bem-vindo.
Por isso deixamos o desafio a todos os corredores da Grande Lisboa (e de outras zonas do país, que tenham a possibilidade de fazer uma visita à capital) para estarem presentes neste evento.
O nosso apelo vai particularmente no sentido de convidar aqueles atletas que pelos mais variados motivos nunca experimentaram uma prova de montanha para virem aqui fazer a sua estreia, tendo em conta a facilidade de transportes atrás descrita.
Os “Trilhos de Monsanto” é uma prova considerada relativamente fácil de fazer pelos mais habituados a este género de provas, mas quem faz a primeira prova deste tipo pode notar algumas dificuldades, no fundo é como aquela frase célebre: “primeiro estranha-se e depois entranha-se”.
Queremos alertar para os estreantes neste tipo de prova que, ao contrário do que acontece em provas de estrada, é perfeitamente normal alternar a corrida com a marcha quando a inclinação ou o tipo de piso assim nos obrigam.
Se vai ser a sua primeira vez na montanha desfrute o prazer de correr em plena comunhão com a natureza e goze sem stress a alegria de correr no pulmão verde da cidade de Lisboa, adaptando o seu ritmo de corrida, ou marcha, ao terreno que encontra pela frente.
À semelhança de todas a outras provas do “Circuito Nacional de Montanha”, realizar-se-á em simultâneo uma caminhada sem fins competitivos e é uma boa oportunidade para trazer toda a família, ou os amigos e vizinhos, para uma bela manhã de lazer.
Aproveitamos para lembrar que esta prova tem a partida paredes meias com o Jardim Zoológico de Lisboa, o que será mais um excelente atractivo para envolver toda a família na actividade que poderá incluir um almoço e uma visita a este espaço, juntando a componente desporto e o turismo. Se tiver filhos pequenos eles vão adorar!
Por tudo isto, não hesite, dia 29 de Agosto esteja presente na 9ª edição dos “Trilhos de Monsanto – Lisboa Verde” e verá que não se arrepende.
Todas as informações sobre a prova clicando aqui.

domingo, 1 de agosto de 2010

“PERCURSO PLANO”!

Quando começámos a correr, início da década de 80, as organizações das provas faziam gala em escrever nos folhetos promocionais das mesmas, “percurso plano”. Como se fosse pecado correr em subidas e o mundo fosse uma enorme lezíria ribatejana!
A “velhinha” Manteigas – Penhas Douradas viria a ser a primeira prova a mudar este estado de coisas e os “malucos” que há 28 anos participaram na primeira edição daquela que foi a pioneira das provas portuguesas de Montanha, na verdadeira assunção da palavra, sentiram-se heróis!
Dai para cá tudo mudou e apareceram cada vez mais propostas de provas de montanha, para todo os gostos e de todos os tipos. E todos nós muito devemos ao “Terras de Aventura” pelo desbravar dos caminhos, sinuosos, que levaram à implementação e consolidação das provas de montanha em Portugal.
Hoje já ninguém diz “percurso plano” referindo-se a uma prova, até porque já quase todos perdemos medo de subir (e descer)!
O desafio que aqui vos deixamos, para o meio do mês de Agosto, dia 15, (outra realidade que mudou: Agosto não é mais o mês do “defeso”) é a participação na 6 edição da “Subida do Monte a Colcurinho”.
Serão 8950m em que, para além de se enfrentar uma subida de respeito, se desfrutarão de paisagem magníficas e só por elas vale a pena o esforço.
Se nunca fez esta prova não deixe de estar presente neste desafio bem diferente. Temos quase a certeza que virá de lá encantado com a prova e o desafio superado. E se já lá esteve irá querer voltar certamente!
Não se esqueça que no final será oferecido um saboroso almoço a todos os participantes, em ambiente único, e os acompanhantes apenas pagarão 5€ (pagos juntamente com as inscrições).
É claro que também vai haver a habitual caminhada não competitiva. Por isso o desafio está lançado, venha participar nesta jornada de desporto, lazer e convívio.
Todas as informações sobre este evento clicando aqui.